"Ajusto-me a mim, não ao mundo." (Anais Nin)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O que querem os homens?


Atenção meninos, a mulherada quer saber: afinal, o que vocês querem de nós! Estou realizando uma pesquisa sobre relacionamentos com o máximo de homens que puder encontrar, sendo a única exigência que tenham mais de 18 anos.

A pesquisa é composta de 30 perguntas, divididas em três partes: o flerte, a ficada e o namoro (sorry, moças casadas, vocês serão as próximas). Daqui a um mês, publicarei os resultados!

Meninas. se vocês conhecem algum cara hetero, disposto a responder, deixe aqui seu e-mail! E bora descobrir o grande mistério da vidas: por quê ele não ligou no dia seguinte?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Big Beautiful People


Eu luto contra alguns tipos de preconceitos desde muito jovem. E é reconfortante notar que, com o passar dos anos, ser racista e homofóbico é sinônimo de ser babaca e socialmente evitado. Pelo menos nos círculos mais esclarecidos que são, felizmente, cada vez maiores. Pensem o que quiserem, vocês não tem o direito de manifestar sua opinião agressiva e desumana sob pena de incorrerem em crimes inafiançáveis ou amargar uma indenização civil. Bem feito e eu acho pouco!

Mas existe um tipo de preconceito tão absurdamente enraizado e inexplicavelmente aceito e declarado: a crueldade com as pessoas acima do peso. Criticar gordos é ok. Afinal, eles são gordos porque querem, porque não se cuidam. Sempre que em piadas, séries, filmes e novelas, uma mulher é retratada como feia ou inconveniente, ela é gorda.

Recentemente, as notícias no Blog Mulherão vem me enchendo de pesar. Ao lado de todos os avanços de moda, beleza e comportamento, volta e meia o ódio contra os gordinhos aparece. Da atriz GG com o namorado bonitão que desperta um "acho muito difícil uma pessoa que está com tudo em cima se apaixonar por uma pessoa tão gorda" ao consultor de Rh que ouve dos empresários “Gordo tem problema de autoestima, gordo é estressado. Eu não gosto e não quero trabalhar com gordo aqui na minha empresa”.

Então, só pra dizer o óbvio a todo mundo que acredita em padrão Photoshop de beleza: pessoas gordas são exatamente como todas as outras do mundo. Alguns são belos, outros não. Alguns se cuidam, se amam, são comprometidos, qualificados e saudáveis e outros são estressados, irritáveis, mal humorados e depressivos. Ou tudo isso misturado. O dia que alguém fizer uma correlação entre características físicas externas e personalidade de forma CIENTIFICAMENTE comprovada, eu boto minha viola no saco e saio dessa vida. Até lá, qualquer generalização, é preconceito e babaquice puros.

Se você não gosta de gordos, mude-se pra Somália pois hoje a população brasileira é composta de quase 50% de pessoas acima do peso. Se você não acha gordinhos atraentes, simplesmente não namore um ou uma. De resto, não se julgue no direito de saber o que vai no íntimo de cada ser humano que cruza sua frente. Os fatores que definem o corpo de uma pessoa são genéticos, ambientais e comportamentais. E até onde eu sei, não existe fórmula de emagrecimento NENHUMA que consiga abordar todos esses aspectos.

Eu vou lutar pra que todas as pessoas com opiniões ofensivas sobre aparência, etnia, orientação sexual ou classe social tenham vergonha delas e seja obrigadas a proferi-las na solidão do banheiro trancado. E se você é uma pessoa GG, sabe muito bem que tem quem gosta e muito...

Fica a dica.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Da série Burning Guys: Michael C. Hall


Seja como o filho modelo e gay David Fisher de Six feet Under ou como o serial killer de bom coração, o fato é que o Michael C. Hall é um dos homens mais sexies da TV.

Carinha de bom moço contido, mas com um lado negro que pode emergir a qualquer momento, essa combinação é a mais hot que existe.

Afinal, quem gosta de homem 100% canalha, aventureiro ou metido a machão é adolescente ou mulher sem um pingo de maturidade. Qualquer pessoa com alguma auto-estima sabe que bom mesmo é ser bem tratada e ter alguém em quem confiar nos momentos de crise.

Moço "bonzinho" por outro lado, mata a gente de tédio e desperta sentimentos de irmãozinho. Homem tem que ser sério, mas oferecer um certo risco, algo de imprevisto e dominador.

E isso pra não mencionar o belo corpo, a carinha de malvado, a barba sempre por fazer e a boca rasgada.

Michael C. me desperta tudo isso, e por essa razão vem encabeçando a lista dos Burning Guys. Afinal, tirando a parte dos corpos mutilados, quem não tem mulherzinha feelings quando vê o Dexter sendo o cara mais fofo do universo pra Rita e as crianças?














segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A ballad of John and Yoko


Sempre me fascinou o romance de John Lennon e Yoko Ono. Claro que, como Beatlemaníaca que sou, prefiro atribuir o fim da banda à má influência que ela exerceu sobre Lennon a acreditar num súbito desgaste na parceria de mais de dez anos entre ele e Paul.

Questões musicais à parte, o que levou um homem considerado genial, popular, famoso e rico a declarar que ele e a garota feia, medíocre e sem graça eram "um só"? Que força mágica (ou trágica) fez com que o mito deixasse a maior banda da história pra unir-se à amada, que tinha um talento musical obviamente ordinário, num projeto que levava não o seu nome, não o nome de Eric Clapton ou Ringo Star, que também participaram, mas o dela: a Plastic Ono Band?

Amor, para os mais românticos. Obsessão, para os mais amargos. Eu fico com uma "combinação" dos dois: paixão, daquelas fulminantes. Do tipo adolescente, que faz você querer fazer declarações públicas de afeto, largar tudo, colocar fotos conjuntas no avatar do MSN, casar com três meses de namoro e ter 18 filhos. Aquela, que os cientistas afirmam ter o mesmo efeitos do uso de drogas. É, mas a gente sabe que paixão assim não dura quase 15 anos. Em regra, acaba rapidinho, deixando uma sensação de vergonha lá no fundo. Ou, termina para um dos dois, davastando o outro no processo.

Como John não pode opinar e a Yoko... Bem, quem se importa com o que ela diz? Resta-nos fazer conjecturas. E a minha é que a paixão avassaladora dos dois sobreviveu à convivência devido a uma imensa comunhão de interesses e sentimentos. No começo da relação eles tinham tesão em fazer disco e fotos pelados (oh céus, como esquecer aquelas bundas flácidas?). Depois, foi a campanha contra a Guerra no Vietnã, mais fotos pelados, mais discos, uma separação e Sean.

Talvez o segredo do amor eterno seja abraçar as causas do parceiro a ponto de torná-las suas. Ou assumir a postura de companheiros, amigos, amantes no melhor estilo "nós contra o mundo". Mas acima de tudo, impedir que fatores externos abalem os sentimentos de um pelo outro. Não importa se esse mundo é o dos fãs e dos Beatles, dos amigos, da sogra, do chefe ou da gostosa do escritório. Talvez... Ou talvez, amores assim, como a genialidade, a riqueza ou a fama, não aconteçam pra todo mundo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

To Sir, with love...

"Um professor afeta uma eternidade. Nunca se pode dizer quando sua influência termina." Henry Brooks Adams

A todos os professores, que sabem que ensinar é uma atividade que não pode ser executada sem a alma, só de corpo presente. Que entendem são esperados infalíveis, mas não se intimidam. Que dão o melhor de si pra adquirir e aperfeiçoar os conhecimentos que transmitirão. Que, a despeito de saber terem uma profissão mal remunerada, mal prestigiada e mal reconhecida, tem no progresso e no carinho dos alunos a maior recompensa.

Quanto a mim, só posso dizer que aprendi mais que ensinei, que rejuvenesço dez anos quando piso numa sala de aula e que me sinto honrada cada vez que um aluno meu me diz que fiz alguma diferença, por mínima que seja, em sua vida.

Aos meus alunos: vocês fazem minha vida melhor! E a todos os mestres de todas as áreas: FELIZ DIA DO PROFESSOR!

Glee, com "To Sir, with love", pra fazer chorar...



"Ao mestre, com carinho"

Aqueles dias de estudante
De contar mentiras
E roar unhas, se foram
Mas na minha mente
Sei que continuarão vivos para sempre
Mas como agradecer alguém
Que te levou do giz de cera aos perfumes
Não é fácil, mas tentarei

Se você quisesse o céu, eu escreveria nele com letras
Que estariam há mil milhas de altura:
Ao mestre, com carinho!

O tempo chegou
De fechar os livros
E os longos últimos olhares tem que acabar
Enquanto eu vou embora
Sei que estou deixando meu melhor amigo
Um amigo que me ensinou a diferença entre certo e o errado
E o forte e o fraco
E isso é muito pra aprender
O que posso te dar em troca?

Se você quisesse a lua, eu tentaria te dar as estrelas
Mas eu prefiro te dar meu coração
Ao mestre, com carinho..."

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Colírio Nerd no Desamélias

Venho orgulhosamente divulgar a homenagem num um blog de mulheres lindas, inteligentes e de muito bom gosto, o Desamélias. O blog é uma delícia, feito sob medida pra pessoas nada ordinárias. Entrem, divirtam-se e vejam por si mesmos as ilustres companheiras que me atribuiram como Plus Size, Plus Sexy. Pra quem sabe o que é bom...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ah, look at all the lonely people...

Tem gente que nasceu pra ser sozinho. E não digo isso com a amargura daqueles que acabaram de tomar um pé na bunda. Mesmo por que, num mundo imperfeito, de pessoas imperfeitas como o nosso, acreditar que vai passar a vida toda sem ser traído, magoado ou humilhado, é insanidade. Ou arrogância. Mas no fundo, todas as pessoas que estão berrando aos quatro ventos que nunca mais amarão na vida, esperam lá no fundinho que isso não seja verdade, que o grande amor apareça e faça isso tudo virar uma triste lembrança.

Todas, menos os membros do Clube da Autossuficiência. É, pois existe uma categoria de pessoas pra quem o desgaste de um relacionamento não compensa a parte boa. Pessoas com dificuldade em se comprometer ou que, embora tentem com afinco, tem problemas em ceder, ainda que um pouco, em suas convicções, vontades ou crenças em prol do parceiro. Ou da relação.

Egoístas? Problemáticos? Ora, se no vastíssimo mundo das peculiaridades humanas tem espaço pra pessoas que cometem as piores atrocidades, por quê tamanha preocupação com quem não acha que precisa encontrar uma metade pra ser feliz? Ser sozinho num mundo feito para pessoas juntas é um bocado complicado. É como se você abrisse um precedente pra que todas as pessoas se intrometam na sua vida. Os pais se preocupam, os conhecidos tentam te juntar com alguém, os amigos casados ficam com pena, os solteiros te incluem no grupo do "estou louco por um grande amor" e estranhos dizem "Ah, um dia você encontra sua metade".

Não, muito obrigada. Sou uma pessoa inteira e completa, que aprecia ter as rédeas da minha vida nas mãos, que defende a independência e que acha que a única razão pela qual duas pesssoas devam viver juntas é se elas conseguirem proporcionar felicidade recíproca. Sim, eu sei que todo relacionamento passa por momentos bons e ruins. Mas qual o sentido de estar numa relação se ela é mais sofrida que vivida? Quantas e quantas pessoas eu encontro diariamente pra quem o parceiro é fonte de dissabores, mágoas, brigas, agressões, cobranças e até, solidão? Do pior tipo, pois ser sozinho e livre tem suas vantagens. Ser sozinho acompanhado, não.

Eu expulsaria o grande amor se ele aparecesse? Provavelmente não. Pessoas sós, embora não gostem de ouvir falar de pessoas juntinhas, sabem amar. Elas apenas não consideram relacionamentos amorosos o aspecto primordial da vida e pensam que, pra valer a pena abrir mão de parte de si mesmo, é preciso uma relação de respeito e troca mútuos. E com uma grande dose de independência entre os parceiros.

Não, eu não preciso de "alguém". Eu preciso de água, oxigênio e alguns nutrientes. Eu preciso de amigos, da minha família, do meu trabalho, da minha saúde. Se um dia alguém aparecer, alguém que faça meu coração se sentir leve e meu corpo, em casa, esse alguém será bem vindo pra compartilhar minhas alegrias e meus dramas. E trazer os dele, pra que eu os divida também. Até lá e se, o prazer de agradar apenas a mim mesma (no limite da civilidade) ainda é o maior que posso ter.