"Ajusto-me a mim, não ao mundo." (Anais Nin)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Às minhas irmãs...


Pouca coisa é mais chata do que aqueles e-mails com arquivo de Power Point, cheios de imagens de bebês e cachoeiras, uma mensagem otimista chavão, uma musiquinha brega e no final "passe para não-sei-quantas-pessoas ou Deus fica triste com você." Mas existe um que volta e meia eu recebo e com o qual eu concordo em gênero, número e grau (apesar de continuar detestando as fotos e a música): aquele que fala das "irmãs" que não devemos nunca abandonar.

Pra quem nunca recebeu (?!?!?!) ou nunca teve saco de abrir, ele trata de um conselho que uma mãe dá à sua filha antes de se casar, recomendando que por maior que fosse a felicidade que ela tivesse ao lado do futuro marido e filhos, ela nunca deveria deixar de conviver com as amigas, incluindo-se aí tias e primas. São as "irmãs" do texto. São elas, a mãe afirma, quem sempre a lembrarão de quem é.

Quando eu me recordo dos melhores momentos da minha vida, a primeira coisa que vem à minha cabeça não é uma noite romântica com o homem que um dia amei ou aquele dia de conquista profissional. Eu penso nelas, nas minhas irmãs. Penso em como eu posso ser eu mesma ao seu lado, admitindo minhas falhas, defeitos e loucuras. E também mostrando minhas qualidades sem me preocupar em causar inveja. Sei, que no melhor ou no pior, elas sempre vibrarão com minhas conquistas e sofrerão com as minhas derrotas. Penso em cada lágrima derramada juntas, cada porre seguido de ressaca moral, cada risada, cada rodada de cerveja falando mal dos moços. Cada conselho do tipo "olha, eu te apóio no que for, mas não acha que deveria tomar outro caminho"? Cada ligação no meio do dia pra dizer que pensou em você, que sente sua falta e se preocupa com seu bem estar. Cada noite pré-balada trocando de roupas juntas e se arrumando com um monte de palpites. Os estudos que vararam madrugadas, as tardes tomando sol. As confissões que são feitas uma única vez e o assunto nunca mais será resgatado. Os casamentos, os nascimentos, as doenças e as mortes.

Minhas adoradas irmãs: a todas e à cada uma de vocês dedico este post. Pra agradecer por me fazerem uma mulher feliz que sabe que, não importa quão difícil a vida se torne, quão pesadas sejam nossas responsabilidades e quão partidos estejam nossos corações, eu sempre terei vocês. E nada mais importa... Obrigada por me amarem e por me concederem a honra de serem MINHAS AMIGAS!!!

O texto do Power Point: http://passeiospelavida.blogspot.com/2006/11/cuide-bem-de-suas-amigas.html